sweet dreams are made of this

Desculpem a minha ausência um tanto ou quanto prolongada mas não tenho tido muito tempo livre ultimamente. Este fim-de-semana foi o ICE 09 aqui em Roma e no fim-de-semana passado estive em viagem. Mas vamos por partes.


05-08 de Novembro, Svizzera


Apanhei o metro, o comboio e logo de seguida o avião e, finalmente, cheguei a Genebra, na quinta, por volta das 19h. Assim que cheguei encontrei as minhas prima e fomos comer uma francesinha e beber um belo dum fino Super Bock para matar saudades. Não sei como é que o sítio onde fomos se chama, só sei que era uma espécie de lugar português, onde se vê televisão em português e se come comida portuguesa (uma coisa dessas era o que eu precisava em Roma). Depois disso fomos comer um gelado, na gelataria onde a Liliana trabalha. Os patrões dela são italianos, por isso ficaram tolos com o facto de eu estar em Roma e falar italiano. Para variar não consegui comer nem metade do gelado! Fomos para casa e ainda ficámos um bom bocado à conversa antes de irmos dormir. Na sexta acordei as 9h e, depois do pequeno-almoço, fomos dar um passeio pela cidade e um saltinho às compras.





No centro de Fribourg estão ainda muito bem conservados meia-dúzia de "monumentos" antigos da cidade. Têm ainda uma ponte antiquíssima, daquelas que se veem a cair nos filmes do Indiana Jonnes, com as coberturas em madeira e assim... As casinhas estão todas alinhadas e mantêm a arquitectura original. Está tudo limpo e asseado, com flores nas janelas e nos canteiros. O mesmo se aplica ao resto da cidade, mesmo na zona industrial e comercial. Não há lixo - nem sequer beatas no chão - não há buracos na estrada, mendigos, animais vadios, passeios desorganizados, trânsito ou pessoas a reclamar umas com as outras. De facto, acho que a civilização encontrou lá um óptimo sítio para morar. Apesar do frio que faz (apesar de ainda não estar a nevar nesse fim-de-semana) aquilo tem tudo para ser prefeito. As pessoas respeita, de facto, as regras. Os carros não se ultrapassam e não andam a velocidades excessivas, as pessoas não atravessam fora das passadeiras e esperam que as outras saiam dos autocarros antes de entrarem!


Adiante. Almoçamos com o meu primo e, depois do café, demos um salto até ao Lago Moreut e a Neuchatel. O lado é maravilhoso. Enorme, sem fim. Ao fundo vêem-se os Alpes cobertos de neve. Acho que a descrição destes sítios dava para escrever um livro, por isso não me vou alongar muito nesta matéria.
Fomos jantar a casa dos meus padrinhos e surpreendemos o resto da malta e os meus pais que estavam em casa, inocentes, sem saber que eu andava por aí a vagabundear pelo mundo. Foi muito engraçado mas temi que as pessoas tivessem ataques cardíacos ou algo do género, por isso não sei se volto a repetir. (Até porque eu tenho mais jeito para ser surpreendida do que a surpreender os outros!) Nessa noite ainda houve tempo para uma saída com os meus primos mais novos. Fomos a um bar muito engraçado – que em tempos foi a estação de comboios da do sítio – e bebemos cerveja artesanal. Era boa mas… coiso. Depois disso ainda houve tempo para por a conversa em dia e palhaços. Deitei-me por volta das 5h. Estava um frio de rachar.


No sábado, depois do almoço, fizemos um passeio em família até à capital, Bern. Mais uma vez, podia passar horas a descrever aquilo mas vou só dizer que gostei muito. É um sítio muito bonito. Tem uma torre de relógio gigante, com bonequinhos que fazem danças engraçadas. Também aqui – mas mais que nos outros locais – conservam os famosos alçapões. O centro da cidade está perfeitamente adaptado para quase todo o tipo de transporte e, em determinadas zonas, têm sinais de trânsito a proibir a circulação de bicicletas.


Regressamos a casa e jantámos com uns amigos dos meus primos, que são alfacinhas e dizem frio como a Inês, mas são muito boas pessoas e divertimo-nos muito. Depois do jantar, o resto da malta veio lá ter e – mais uma vez – fui com os primos juniores tomar café e beber um copo. Acontece que, quando íamos a meio do caminho, o carro da minha prima, deu o berro. Parou lá no meio e nem para a frente nem para trás. Tivemos que chamar o reboque e, depois de deixarmos o carro na oficina, é que fomos beber o tal copo. Tivemos que andar à procura de um sítio que ainda estivesse aberto porque já estava tudo praticamente fechado. Por fim, lá encontramos um bar – onde o segurança me pediu BI mas tive que ser eu a explicar-lhe onde estava a minha data de nascimento porque ele, pelos vistos, não percebe nada daquilo bebemos e ainda levamos qualquer coisa para o caminho, e fizemo-nos à vida. Deitei-me as 6 e às 10 já estava acordada e pronta para um novo dia. Digam lá se eu não sou a maior!


No domingo almoçamos em casa dos meus padrinhos e depois disso eles foram levar-me ao aeroporto. Durante a viagem pude ver que a paisagem lá é mesmo sempre muito bonita. Passámos por uma zona que me fez lembrar o Porto porque tinha uma encosta com as árvores do vinho (desculpem mas não me lembro do nome). Despedi-me de todos, embarquei e, por fim, cheguei a Roma.


Foi um fim-de-semana muito bom. Gostei muito de conhecer um sítio novo, limpo e organizado, para variar. Ainda assim, acho que me sinto melhor com Este calorzinho que se vai fazendo sentir, pessoas a gritar e carros a buzinar.


Daqui a nada conto o resto das novidades. Por agora ficamos por aqui.
Beijos a todos *

1 comentário:

  1. loooooool
    Se eu já tinha vontade de visitar, cresce a ler os teus relatos. Tens realmente muito jeito para ser surpreendida, especialmente quando tens penteados inspirados na vida inter-planetária. As àrvores do vinho são as videiras, totó!!! (se chegas aqui sem saber falar ou barra escrever português, acho que a inês te f9$&....)

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